A Prefeitura de Franca apresentou nesta sexta-feira, 15, o projeto de restauração do Relógio do Sol que foi danificado no final de 2017 durante um temporal após a queda de uma árvore. A empresa Croma Arquitetura, Conservação e Restauro, de São Paulo, apresentou o projeto na Casa da Cultura para o prefeito Gilson de Souza, para o secretário de Esporte, Arte, Cultura e Lazer, Elson Boni e também o secretário de Serviço e Meio Ambiente, Adriano Tosta, além da imprensa e representantes do Condephat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) do município.
Foi apresentado um vídeo com o diagnóstico do dano e o que será necessário fazer para a recuperação total do Relógio do Sol que hoje se encontra nas dependências da Casa da Cultura. As arquitetas Laura Rita Facioli, Elaine Bottion e a historiadora Laísa Neves Malta explicaram todo o projeto e a melhor forma de recuperar o relógio. Foi levada em consideração também a parte histórica. “Preservar esse patrimônio faz todo o sentido para a cidade se a população tem uma ligação com o Relógio do Sol. Não é apenas um monumento parado no meio da praça. A população tem uma ligação com ele”, disse a historiadora Laís Malta.
A arquiteta Laura Rita disse que a grade de proteção protegeu o relógio de um dano ainda maior. “As peças foram coladas e não presas com pinos, isso ajudou a proteger também o relógio de um dano maior. Os fragmentos foram recolhidos e estão guardados para serem restaurados.” A arquiteta Elaine Bottion acrescentou que não será necessário acrescentar elementos novos, pois serão usados os fragmentos que foram resgatados no dia do temporal.”
Também foi feita uma avaliação de todo o mármore. “Vamos propor que seja adotada uma ação contra fungos, não pela estética, mas para conter o avanço e, assim, proteger o monumento”, disse Elaine. As arquitetas também avaliaram que o ideal é que a restauração seja feita com as peças ainda soltas para que depois sejam coladas na estrutura maior já que são peças muito delicadas e pequenas.
As arquitetas também falaram das árvores que hoje, de certa forma, atrapalham a leitura da hora no Relógio do Sol. Porém, esse é um assunto que ainda requer muita discussão.
O projeto já foi protocolado para análise junto do Condephat do Estado. Até o dia 28 de fevereiro, a Croma Arquitetura vai apresentar a planilha orçamentária para a restauração e também o material educativo que será proposto para ser enviado tanto para escolas como para a comunidade em geral.
O secretário de Cultura, Elson Boni, comemorou o resultado do projeto. “O projeto está completo, porém será um projeto educativo. As pessoas poderão realmente ler as horas no Relógio do Sol. A próxima etapa é aguardar os Condephats do Estado e do Município aprovarem o projeto para abrir a licitação para o restauro do Relógio. Não há como prever o tempo que vai demorar, porque tem todo o projeto de contratação da empresa, mas a previsão é que até setembro, o Relógio do Sol já esteja restaurado.”