O prefeito Gílson de Souza ao lado de sua secretária de Finanças e outros auxiliares diretos manteve sua agenda nesta segunda-feira, dedicada a reuniões em que reafirmou os propósitos da administração de reduzir gastos, buscar alternativas para elevar as receitas e manter as contas da Prefeitura equilibradas. Primeiramente, pela manhã reuniu-se por mais de duas horas com os vereadores (foram convidados os 15 edis), porém uma minoria não compareceu.
Estiveram presentes Donizete Mércuri, Tony Hil, Arroizinho, Carlinhos Petrópolis, Júnior Neves, Della Mota, pastores Otávio e Palamoni, Claudinei da Rocha, Nirlei de Souza e Ilton Ferreira marcaram presença ouvindo o detalhado relatório exposto pela secretária de Finanças, Tânia Bertholino, e depois as explicações do prefeito Gílson de Souza. Reafirmou que o assunto CIP (Contribuição de Iluminação Pública), embora com recomendações do Tribunal de Contas e na pauta a cerca de 10 anos em Franca, momentaneamente não estará em discussão.
Depois desse encontro com os vereadores o prefeito reuniu-se no começo da tarde, com representantes da imprensa, a quem também deu esclarecimentos a respeito do ‘fardo pesado’ que herdou e que ele e ninguém sabia, destacando a judicialização trabalhista, com ações dos servidores por férias pagas irregularmente. Segundo os dados elas podem representar uma despesa extra-oçamentária na ordem de R$ 80 milhões.
Quase R$ 11 milhões dessas ações foram pagas até agora e estão em dia. Segundo o prefeito é preciso encontrar uma saída com o Sindicato dos Servidores, para o pagamento parcelado do que virá, pois são mais de 2 mil ações, do contrário ficará inviável tocar a administração sem o comprometimento de serviços e atendimentos essenciais. Nessa linha foi destacado também, a redução das receitas previstas com impostos dom ICMS, FMP (Fundo de Participação) e também do IPVA e que a Secretaria de Finanças, enquanto órgão técnico, fez o certo, indicar que a ‘luz amarela’ acendeu, sugerindo a necessidade de medidas prudenciais.
Redução das despesas
Dentre as providências de curto prazo a serem adotadas, uma delas está contida no recente Decreto em que estabelece para todas as Secretarias, medidas de contenção para reduzir em 30% as despesas. A CIP conforme o mencionado, está fora do radar no momento. mas outras providências estão em estudos, envolvendo uma atualização cadastral dos imóveis e o REFIS (reparcelamento de dívidas), de modo a atrair os contribuintes em atraso com impostos e taxas. O montante que a Prefeitura tem a receber ultrapassa o valor de R$ 210 milhões.
Uma terceira alternativa não descartada pelo prefeito, envolve a negociação de ativos do Município, como imóveis. Ele observou que esta pode ser uma saída, pretende conversar mais a respeito, amadurecer essa ideia e descartou qualquer tipo de empréstimo, ‘isso de forma alguma vamos fazer’, concluiu. No final da tarde, fechando o ciclo das reuniões, Gílson de Souza e seus secretários estiveram reunidos com dirigentes de entidades, ACIF, G-6, Sindicatos da Indústria e Servidores, organizações parceiras e instituições de assistência expondo a situação da Prefeitura e as medidas administrativas que pretende adotar.