O Governo Municipal, através da Secretaria de Ação Social e em parceria com a UniFacef, deu início nesta semana à campanha contra o ato de dar esmola. Com argumentos fortes, a ação tem objetivo de conscientizar os cidadãos sobre o (mau) hábito de se dar dinheiro aos pedintes, que se multiplicam pelas ruas da cidade e cuja opção de nelas permanecer, segundo a campanha, vem também da condição de “financiamento” que conseguem junto à população através da esmola.
O secretário de Ação Social Edgar Ajax Filho reconhece que não é uma tarefa fácil dissuadir as pessoas de darem esmolas. “Sabemos que é difícil conscientizar as pessoas de evitarem dar esmolas, pois estamos, de certo modo, coibindo uma ação de compaixão que se pensa humanitária, mas não é, pois prejudica a ação assistencial que tem condições de recuperar e oferecer um futuro digno ao pedinte, ao contrário da esmola, que financia a permanência dele nas ruas”, alerta o secretário, um dos idealizadores da campanha.
Veja algumas justificativas da Secretaria que embasam a iniciativa:
- Dar esmola incentiva o pedinte a continuar nas ruas;
- A esmola pode ser utilizada para comprar bebidas alcoólicas e ou outras drogas;
- Cria-se um mercado de esmola, atraindo mais pedintes;
- Ao receber a esmola, o pedinte não aceita apoio da Ação Social.
A campanha será feita em escolas, instituições, nas ruas, bares, enfim, vai ao encontro do cidadão através da distribuição de panfletos e divulgação pela imprensa e plataformas de comunicação da prefeitura. De acordo com o secretário não tem data definida para acabar. “Temos convicção de que o melhor para o pedinte ou morador em condição de rua não é a esmola, e sim a assistência social que o governo municipal e várias entidades da sociedade civil disponibilizam gratuitamente para esse cidadão, para que ele possa efetivamente ser reintegrado à sociedade”, finaliza Ajax Filho.