Nesta sexta-feira, 1º de dezembro, comemora-se o Dia Mundial de Combate à Aids e a Secretaria Municipal de Saúde está atenta em massificar as informações como forma de alertar toda a sociedade sobre a doença, suas formas de contágio e a importância do combate ao preconceito.
Criada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), órgão vinculado à ONU – Organização das Nações Unidas –, a data é celebrada anualmente desde 1987. No Brasil, teve início em 1988, com unidades de saúde nos municípios específicas para o atendimento. Em Franca, há duas destas unidades, o CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento) e o Centro de Saúde, ambos no centro da cidade.
Doença causada pelo vírus HIV, a Aids é contraída no contato com sangue contaminado, seja durante o ato sexual desprotegido, por transfusão sanguínea, compartilhamento de objetos perfurocortantes, tais como seringas, materiais de manicure e pedicure etc. Esclarecimento importantíssimo é que ser HIV positivo não é o mesmo que ter Aids, uma vez que denomina-se Aids o estágio mais avançado da doença, quando o sistema imunológico da pessoa infectada se encontra bem debilitado.
A Aids é uma doença que, por si só, não causa a morte, mas, por causar um grande impacto no sistema imunológico, o paciente fica sujeito a doenças oportunistas, como a pneumonia, que surgem no organismo nesse momento de fraqueza. Assim sendo, não se morre de Aids, morre-se das complicações geradas pelas doenças oportunistas.
Histórico da doença
Os primeiros casos de Aids foram descobertos nos Estados Unidos, Haiti e África Central em 1977 e 1978, mas só foram classificados como síndrome em 1982, quando se compreendeu melhor a doença. No Brasil, o primeiro caso foi diagnosticado em São Paulo, em 1980. As formas de transmissão da doença começaram a ser entendidas em 1982. Nessa época, o preconceito ainda era muito grande. A falta de conhecimento sobre a doença levou à adoção do nome Doença dos 5H: homossexuais, hemofílicos, haitianos, heroinómanos (que usam heroína) e hookers (termo em inglês que se refere a prostitutas). Somente em 1985, começou a se falar em “comportamentos de risco” em substituição ao termo “grupos de risco”.
Em 1991, iniciou-se a compra de medicamentos antirretrovirais para distribuição gratuita e, em 1993, o Brasil começou a produção do coquetel que trata a Aids (AZT). Somente em 1996 foi criada uma lei sobre o direito do doente de receber o medicamento gratuitamente, o que impulsionou a melhora da qualidade de vida dos milhares de infectados. O Brasil avançou na luta contra a doença e, em 1999, já disponibilizava 15 diferentes medicamentos para tratar a Aids.
A Aids, até o momento, é uma doença que não possui cura, portanto, é necessária uma proteção eficiente contra ela. O Dia Mundial de Combate à Aids, foi criado pela Organização Mundial de Saúde, organismo da ONU (Organização das Nações Unidas) com o objetivo de chamar a atenção para a doença, desde sua prevenção, passando pelo tratamento e minimizar o preconceito contra os portadores do vírus. Importante ressaltar que não se contrai Aids com um simples aperto de mão ou abraço em uma pessoa soropositiva, ou pelo ar e mostrar também que uma pessoa com o vírus pode relacionar-se e trabalhar normalmente.
Hoje, a Aids não é uma sentença de morte e é possível, sim, viver bem com a doença. No entanto, deve haver muita preocupação com sua transmissão, uma vez que a Aids não tem cura e que pode afetar a qualidade de vida de uma pessoa.
O 1º de dezembro – Dia Mundial de Combate à Aids – serve, portanto, como alerta e como forma de repensar as atitudes em relação aos portadores do vírus HIV e dos cuidados para evitar sua transmissão. Não se trata de um dia exclusivo para informações práticas e exclusivas de saúde, mas também de luta contra o preconceito e fortalecimento de compaixão e solidariedade.
Mais informações no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), localizado na Rua General Osório, 1417 – Centro – Franca/SP ou pelo fone (16) 3724 3920.
CURIOSIDADE: O laço vermelho utilizado na luta contra a Aids foi criado em 1991 pela Visual AIDS de New York, em respeito aos portadores da doença. A cor vermelha remete ao sangue e à paixão.
Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-mundial-combate-aids.htm