O projeto que teve início em 2019, tem o objetivo de ampliar a capacitação das equipes das UPAs na implementação e aplicabilidade efetiva dos protocolos locais, que permitam aumentar o reconhecimento da Sepse, o diagnóstico e tratamento precoce, permitindo a aplicação do pacote de medidas de contenção da doença, a fim de impactar positivamente nos desfechos clínicos dessa síndrome. Além disso, a iniciativa visa a criação e implementação de ferramentas para a identificação e fluxo de priorização de atendimento e tratamento precoce dos pacientes com diagnóstico de Sepse, por meio da capacitação das equipes, com relação à conceitos e ferramentas da Gestão da Qualidade, bem como da Segurança do Paciente e Metas Internacionais regidas pela OMS e RDC nº 36 de 2013.
Sepse é o conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção que, por sua vez, possui elevada taxa de mortalidade no Brasil (aproximadamente 60%), superior ao descrito em países desenvolvidos. Tal aumento, pode ser justificado pela dificuldade encontrada pelas equipes de saúde, sobretudo a nível secundário, em identificar precocemente o indivíduo em suspeita de Sepse, resultando no atraso da aplicação dos pacotes de medida de ressuscitação e, consequentemente, piora do quadro clínico, sendo necessário o referenciamento para atenção terciária e aumento de procura por leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Segundo a Secretaria de Saúde, desde o mês de maio do ano passado, quando o projeto foi iniciado em Franca, a unidade foi selecionada para participar da capacitação, que terá duração de um triênio, sendo 18 meses de implantação do protocolo e o mesmo período para o seguimento e apoio de outras unidades que irão ingressar no projeto, Franca está avançando de forma gradativa, com o desenvolvimento do protocolo, com a elaboração de relatórios e reuniões mensais com a equipe de apoio do Hospital Sírio Libanês.
Na manhã desta sexta-feira, 11, a UPA do Jardim Aeroporto recebeu a visita técnica de duas enfermeiras do projeto, Jennifer Fraga Carvalho e Paloma Ferrer Gomez, que coordenaram a reunião mensal para o alinhamento e desenvolvimento do protocolo, visando adequar às necessidades da UPA e ressaltaram que Franca avançou para a segunda fase, a amarela. O projeto contempla três etapas sendo a vermelha (reconhecimento), amarela (ressuscitação e reavaliação) e a verde (referencimento - transferência do paciente).
As profissionais do Hospital Sírio Libanês explicaram que o ciclo será concluído na cidade, em outubro deste ano, onde a UPA terá condições de seguir com o protocolo e toda a programação que foi passada, quando será iniciado um novo ciclo de UPAS.
Para a realização deste projeto, a equipe da UPA do Aeroporto conta com a direção, enfermeiros assistenciais, farmacêutico, equipe administrativa e técnicos de enfermagem.