A Secretaria de Educação divulgou a relação dos estudantes classificados para a segunda etapa do processo de seleção do Programa 'Bolsa Universidade'. O edital poderá ser conferido no Diário Oficial do último sábado, pelo site da Prefeitura, no https://www.franca.sp.gov.br/arquivos/diario-oficial/documentos/2517-04052024.pdf .

      Ao todo, foram habilitados após a análise da documentação apresentada, para a segunda fase do processo, 123 universitários que passarão pelas entrevistas sociais, que terão início nesta terça-feira, 7 e serão realizadas até o dia 27 de maio, a partir das 7h20.

      No edital publicado no último sábado, os convocados, em ordem alfabética, deverão ficar atentos a data, o horário e a profissional que fará o atendimento, na sede da Secretaria de Educação, que fica na avenida Francisco de Paula Quintanilha Ribeiro, 550 – Parque Francal. Todos deverão comparecer munidos de um documento de identidade. A ausência implicará na desclassificação automática e irrecursável do interessado, conforme estabelecido na Lei Complementar 379 de 20 de abril de 2022.

      Para este ano, o Programa 'Bolsa Universidade' disponibiliza 131 vagas, sendo 35 para a FDF (Faculdade de Direito de Franca); Unifran com 50 e Centro Universitário Municipal de Franca (Uni-Facef) com 46 oportunidades para várias graduações.

      O valor do benefício concedido será dividido entre a Prefeitura, estudante e a faculdade, regulado pela UFMF (Unidade Fiscal do Município de Franca) e é calculado pelo valor da mensalidade de cada estudante, considerando o limite de 16,4 UFMF (valor da semestralidade ou da anuidade em seis ou doze meses). Em 2024, a UFMF tem o valor unitário de R$ 79,78.

      O benefício é concedido até a conclusão do curso, desde que o estudante bolsista permaneça dentro dos critérios estabelecidos.

      Mais informações poderão ser obtidas pelos telefones (16) 3711-9267 ou 3711-9220, das 7 às 12 horas, ou pelos e-mails Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

 

 

         Começou no último final de semana a formação continuada de profissionais da Educação Infantil. O objetivo é que os professores possam se aperfeiçoar e assim atender as crianças de 4 e 5 anos de forma mais direcionada, focando na oralidade, leitura e escrita.

      O projeto possui carga horária total de 126 horas de estudo, distribuída em 64 horas de formação, que serão cumpridas em 8 encontros presenciais na Secretaria de Educação e 62 horas de formação EAD.

      De acordo com Karina Duarte, articuladora municipal, o projeto Leitura e Escrita na Educação Infantil, envolve os professores das fases I e II, e faz parte do compromisso nacional da criança alfabetizada. “O LEEI (Leitura Escrita na Educação Infantil) é uma proposta de desenvolvimento profissional e apresenta como objetivo principal a oferta de formação continuada a profissionais da Educação Infantil com foco na oralidade, leitura e escrita. A nossa intenção é fazer com que os professores tenham esta formação, este estudo, bem intencional, para que eles possam atender de forma adequada as crianças de creches parceiras e da rede, levando sempre um ensino de qualidade”, disse.

      O primeiro encontro contou com a participação de aproximadamente 110 professores, que atuam em turmas de 4 e 5 anos das escolas municipais e creches parceiras da Rede Municipal de Ensino. “A formação destes profissionais vai impactar na aprendizagem de quase 2.750 crianças matriculados na Educação Infantil”, afirmou Karina.

      Mariane Borges Silveira é professora e formadora do projeto. Ela lembrou que anos atrás, não existia uma preocupação na formação destes alunos, mesmo sendo direito deles. “As crianças ficam nas creches e escolas de ensino infantil, participam de atividades que não eram efetivamente direcionadas à aprendizagem. Hoje isso mudou. As brincadeiras e atividades desenvolvidas com estas crianças têm uma intencionalidade, um objetivo, que é focar na alfabetização. A criança é um ser de direito e, por isso, tem direito à alfabetização. Estudos acadêmicos mostram que a criança que tem acesso à escrita, à leitura na primeira infância, terá facilidade no aprendizado futuro. A formação desses profissionais vem dar suporte para que eles proporcionem momentos de aprendizado com muito mais qualidade”, finalizou.

      O Projeto de Leitura Escrita na Educação Infantil (LEEI) é uma proposta formativa instituída pelo Decreto Federal N° 11.556, de 12 de junho de 2023, no âmbito do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, em regime de colaboração entre União, estados, Distrito Federal e municípios, que almeja garantir o direito à alfabetização de todas as crianças do país.

 

         A Secretaria de Educação finalizou o cadastro de crianças de 4 a 6 anos da rede municipal de ensino, que participarão de uma ação de leitura.

        Estão inscritos 575 alunos de 23 salas de aula da Educação Infantil e creches parceiras. Serão momentos de leitura, com o objetivo de despertar o interesse das crianças e o gosto pelos livros, com ações no período da manhã, das 8h30 às 10h30, e à tarde, das 14 às 16 horas.

       Para a secretária de Educação, Márcia Gatti, o projeto busca consolidar a escola como um lugar de leitura e de leitores, além de trazer uma reflexão sobre a importância do mundo da literatura, como um caminho possível para a formação integral da criança. “Dentre tantas outras habilidades desenvolvidas na escola, uma das mais importantes é levar a criança a desenvolver a compreensão leitora e o gosto pela leitura, por meio das descobertas e da imaginação que são desencadeadas pelo ato de ler”, disse.

       Em 2022, o projeto beneficiou 2.300 crianças que se inscreveram. À época, o autor escolhido para ser trabalhado com os alunos foi Manoel de Barros. Nesta edição, a autora escolhida foi Eva Furnari, escritora que já ganhou diversos prêmios de melhor livro infantil.

       O objetivo é que, pelo menos, uma escola e uma creche de cada região da cidade sejam contempladas com o projeto. Quatro professores levarão as crianças ao fantástico mundo da literatura.

 

       Eva Furnari nasceu em Roma, na Itália, em 15 de novembro de 1948. Veio para o Brasil com quase 2 anos de idade e desde pequena passou a desenhar. Começou com homens palito e depois colocou roupas neles, pois, segundo  Eva, eles eram muito magrelos. Com o passar das décadas e o avanço nos estudos, o trabalho de ilustração de Eva tornava-se mais elaborado, com referências por vezes líricas e bem-humoradas.

Se formou pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal de São Paulo. Nesta época, seus desenhos começavam a receber influência do artista plástico Paul Klee, do cartunista Saul Steinberg e, mais tarde, do pintor e ilustrador Jean-Michel Folon.

      Em 1974, passou a trabalhar como professora de artes no Museu Lasar Segall, onde ensinava desenho, modelagem em argila, xilogravura e pintura a óleo. Eva é a criadora da famosa Bruxinha, muito querida na imaginação das crianças até hoje.

       De 1981 a 1983, recebeu, seguidamente, os prêmios de melhor livro de imagem, concedidos pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). Teve obras publicadas em várias partes do mundo, como México e Bolívia. Suas obras foram adaptadas para o teatro que são encenados e já foram premiados várias vezes. Em 1987, Eva recebe o Prêmio Abril de Ilustração e o prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte.

       Tornando-se presença constante nas escolas, lança uma coleção para a Moderna em 1991 e, em 1993, ganha o seu primeiro Prêmio Jabuti de melhor ilustração pelo livro Truks, publicado pela Editora Ática. Em 2009, tornou-se autora exclusiva da Moderna. Atualmente, Eva Furnari possui mais de 70 livros publicados e coleciona mais de 40 prêmios ao longo de sua carreira.

      Além de Franca, outras três Secretarias de Educação de três cidades do país também foram entrevistadas por serem referência em boas práticas para melhorias nos índices educacionais. Franca foi uma das escolhidas, justamente por ter sido reconhecida como cidade, que tem boa prática de gestão e melhoria de indicadores.

      De acordo com Márcia Gatti, secretária de Educação, quatro pontos foram analisados: Desafios enfrentados, Causas intra e extraescolar que influenciam no desempenho do aluno, Oportunidades de melhorias e Experiências e boas praticas de atuação da secretaria na alfabetização. “Pra gente foi uma grande surpresa ser selecionado para gravar esta entrevista com os auditores do Tribunal de Contas da União e falar das boas práticas por conta dos indicadores de desemprenho das crianças, principalmente relacionados a alfabetização. Recentemente, saíram os resultados preliminares do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), que é uma avaliação externa, e tudo isso foi olhado pelos auditores do TCU, como uma maneira de gerir bem a questão dos recursos destinados à educação e, também as estratégias utilizadas pela gestão municipal para realizar a formação e o acompanhamento dos alunos, dos professores, com foco no tratamento didático e uso adequado dos materiais didáticos. Importante ressaltar o papel fundamental que as equipes escolares (professores, coordenadores, diretores) estão desempenhando, respondendo às nossas propostas de forma brilhante. É uma rede de ensino envolvida e compromissada com o sucesso dos alunos”, disse.

      A secretária ressaltou alguns investimentos que colocaram o município neste patamar. Na educação infantil e creches, a cidade passou a investir na formação mensal dos coordenadores e pedagogas das unidades, aumentou o número de formações continuadas para profissionais das creches, entre outras práticas. Além disso, a lista de espera por uma vaga em creche diminuiu 80%.

      Na educação especial, houve um aumento expressivo na contratação de professores auxiliares e investimento na formação destes profissionais. Hoje, somando creches e educação básica, já são 486 educadores e auxiliares que atuam com os alunos da Educação Especial. Em 2021, eram 104. As creches também possuem 150 professores de apoio contratados. Há 3 anos eram apenas 35. Fora isso, são mais 27 professores que ficam nas salas de Recurso Multifuncional e mais 59 auxiliares externos que atuam no auxílio às necessidades básicas dos estudantes que não possuem autonomia para caminhar, se alimentar ou ir ao banheiro. “São muitos fatores que fizeram com que hoje, possamos comemorar o quanto crescemos na educação do município. Claro que ainda há muito o que fazer, mas vale destacar outros investimentos, como o PMDDE (Programa Municipal Dinheiro Direto na Escola), instituído em 2021, o número de horas para formações de professores e gestores triplicou, a inclusão do inglês na educação infantil, alfabetização das crianças a partir dos 4 anos, reforço escolar na aula estendida e a recuperação contínua no horário das aulas, o (Dia Diferente), organização do Currículo Paulista em um Plano de Ação, elencando habilidades a serem desenvolvidas, inclusão de Avaliações Diagnósticas do Processo com aprimoramento nas formas de análises com planilhas de resultados, inclusão de tecnologias nas salas de aula e muitos mais. Eu costumo falar que a Educação é um processo, muitas vezes, lento, pois temos que levar em conta diversos fatores. Mas, hoje, posso dizer que estamos no caminho certo. Trabalhamos em cima de um tripé, formação, acompanhamento e uso adequado do material didático. Nossa prioridade é que este tripé esteja sempre em harmonia para que continuemos levando o melhor para nossos alunos e professores”, finalizou a secretária.