O TCU (Tribunal de Contas da União) realizou uma entrevista nesta semana, na Secretaria Municipal de Educação para avaliar a política de educação básica oferecida pelo município.
Além de Franca, outras três Secretarias de Educação de três cidades do país também foram entrevistadas por serem referência em boas práticas para melhorias nos índices educacionais. Franca foi uma das escolhidas, justamente por ter sido reconhecida como cidade, que tem boa prática de gestão e melhoria de indicadores.
De acordo com Márcia Gatti, secretária de Educação, quatro pontos foram analisados: Desafios enfrentados, Causas intra e extraescolar que influenciam no desempenho do aluno, Oportunidades de melhorias e Experiências e boas praticas de atuação da secretaria na alfabetização. “Pra gente foi uma grande surpresa ser selecionado para gravar esta entrevista com os auditores do Tribunal de Contas da União e falar das boas práticas por conta dos indicadores de desemprenho das crianças, principalmente relacionados a alfabetização. Recentemente, saíram os resultados preliminares do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), que é uma avaliação externa, e tudo isso foi olhado pelos auditores do TCU, como uma maneira de gerir bem a questão dos recursos destinados à educação e, também as estratégias utilizadas pela gestão municipal para realizar a formação e o acompanhamento dos alunos, dos professores, com foco no tratamento didático e uso adequado dos materiais didáticos. Importante ressaltar o papel fundamental que as equipes escolares (professores, coordenadores, diretores) estão desempenhando, respondendo às nossas propostas de forma brilhante. É uma rede de ensino envolvida e compromissada com o sucesso dos alunos”, disse.
A secretária ressaltou alguns investimentos que colocaram o município neste patamar. Na educação infantil e creches, a cidade passou a investir na formação mensal dos coordenadores e pedagogas das unidades, aumentou o número de formações continuadas para profissionais das creches, entre outras práticas. Além disso, a lista de espera por uma vaga em creche diminuiu 80%.
Na educação especial, houve um aumento expressivo na contratação de professores auxiliares e investimento na formação destes profissionais. Hoje, somando creches e educação básica, já são 486 educadores e auxiliares que atuam com os alunos da Educação Especial. Em 2021, eram 104. As creches também possuem 150 professores de apoio contratados. Há 3 anos eram apenas 35. Fora isso, são mais 27 professores que ficam nas salas de Recurso Multifuncional e mais 59 auxiliares externos que atuam no auxílio às necessidades básicas dos estudantes que não possuem autonomia para caminhar, se alimentar ou ir ao banheiro. “São muitos fatores que fizeram com que hoje, possamos comemorar o quanto crescemos na educação do município. Claro que ainda há muito o que fazer, mas vale destacar outros investimentos, como o PMDDE (Programa Municipal Dinheiro Direto na Escola), instituído em 2021, o número de horas para formações de professores e gestores triplicou, a inclusão do inglês na educação infantil, alfabetização das crianças a partir dos 4 anos, reforço escolar na aula estendida e a recuperação contínua no horário das aulas, o (Dia Diferente), organização do Currículo Paulista em um Plano de Ação, elencando habilidades a serem desenvolvidas, inclusão de Avaliações Diagnósticas do Processo com aprimoramento nas formas de análises com planilhas de resultados, inclusão de tecnologias nas salas de aula e muitos mais. Eu costumo falar que a Educação é um processo, muitas vezes, lento, pois temos que levar em conta diversos fatores. Mas, hoje, posso dizer que estamos no caminho certo. Trabalhamos em cima de um tripé, formação, acompanhamento e uso adequado do material didático. Nossa prioridade é que este tripé esteja sempre em harmonia para que continuemos levando o melhor para nossos alunos e professores”, finalizou a secretária.