A Prefeitura de Franca iniciou no último sábado, com suas equipes da Secretaria de Saúde, a Campanha Fique Sabendo do teste rápido, para detecção de pacientes com o vírus HIV/Aids e Sífilis, a qual continua com horário especial de atendimento durante toda essa semana. Os números divulgados pelo Centro de Testagem e Aconselhamento retratam o quanto é importante os exames periódicos e a eventual da identificação da doença em fase precoce.
Atualmente a cidade e região contam com 1.371 portadores de HIV/Aids, recebendo assistência e acompanhamento, com a ressalva de que o primeiro caso da doença no município ocorreu em 1986. O atendimento que começou sábado continua nessa Campanha segue até sexta-feira, gratuitamente, sempre das 8 h às 14 h, na sede do Centro de Testagem, na rua General Carneiro, 1417, centro. Maiores informações podem ser obtidas no tel. 3724-3920.
Segundo os agentes organizadores, promover o acesso ao teste e ampliar o número de pessoas que conheçam seu status sorológico é parte essencial do enfrentamento da epidemia de Aids no município. A testagem é a porta de entrada nesta cadeia de ações de prevenção, tratamento e cuidado.
Em Franca, o acesso ao diagnóstico precoce do HIV/Aids melhorou, mas ainda há muitas pessoas que não conhecem seu status sorológico e não tem oportunidade de realizar os testes. A Aids permanece entre as cinco principais causas de morte no Estado São Paulo. Essa mobilização tem como objetivo despertar na população a necessidade de fazer o teste de Aids e de Sífilis, principalmente quem tem vida sexual ativa, nunca realizou o teste de HIV e/ou Sífilis na vida e pertence aos grupos mais atingidos pela aids e pela sífilis.
Alguns números
No período de julho/17 a junho/18 foram notificados 133 casos novos, sendo 76% residentes no município de Franca (101 usuários) e 24% na região (32 usuários). Quanto ao sexo, 75% referem sexo masculino e 25% do sexo feminino, na proporção de 01 caso novo feminino: 3 casos novos para a população masculina.
A faixa etária mais atingida é de 31 a 50 anos, caracterizando 50% do total (67 casos). Neste período não houve casos de crianças com AIDS por transmissão vertical.
Segundo a categoria de exposição, observa-se que entre os casos femininos diagnosticados (33 casos), 100% referem ser heterossexual. Entre a população do sexo masculino diagnosticada (100 casos), temos 70% de homo/bissexuais e 30% de heterossexuais.
Óbitos HIV/Aids
Em relação aos óbitos registrados no SAE/IST/AIDS, segue comparativo dos últimos cinco anos:
2013 – 18 óbitos (09 femininos e 09 masculinos)
2014 – 26 óbitos (09 femininos e 17 masculinos
2015 – 16 óbitos (06 femininos e 11 masculinos)
2016 – 23 óbitos (07 femininos e 16 masculinos)
2017 – 15 óbitos (03 femininos e 12 masculinos)
Fonte: Sistema Informatizado do Programa Municipal de IST/Aids/2018.