A Vigilância Ambiental de Franca programou para a manhã desta sexta-feira, 22, no Salão Azul da Secretaria de Saúde, uma palestra de orientação e prevenção sobre a Febre Maculosa. A iniciativa está inserida na programação estadual da Semana de Mobilização para Prevenção da Febre Maculosa, que mobiliza diversos municípios desde a última segunda-feira. Para sábado, está prevista outra ação com a participação dos agentes de combate às endemias no bairro Peres Elias, Região Oeste.
É com o objetivo de compartilhar informações a respeito da doença, que equipe da Vigilância Ambiental, da Prefeitura, realiza nesta sexta-feira, uma ’Roda de Conversa’, a partir das 7h30, sobre "O Carrapato na Transmissão da Febre Maculosa", com a médica Veterinária Paola Russo. Durante a semana, ocorreram capacitações on-line das equipes, sobre a evolução da doença no Estado, do carrapato e da capivara.
A palestra será direcionada para os Agentes de Combate às Endemias que, diariamente, estão nas ruas e em contato com pessoas dos diferentes locais da cidade. Durante os expedientes de rotina, as equipes aproveitaram para distribuir materiais informativos. Neste período, também foram compartilhadas orientações técnicas com as demais unidades de saúde do município, entre elas, a Vigilância Epidemiológica, Atenção Primária formada pela rede de UBS, Prontos-Socorros, Rede Privada de Atendimento à Saúde. Para este sábado, 23, a ação de campo nos bairros Peres Elias e Quinta do Café, consistirá em visitas aos domicílios e dicas sobre como prevenir e eliminar os carrapatos.
O auditório da Secretaria de Saúde fica na Avenida Dr. Flávio Rocha, 4780, Vila Imperador.
Sintomas da doença
A Febre Maculosa é uma doença que se apresenta com manifestações clínicas iniciais com febre elevada, mialgia e cefaleia, prostração, náusea, vômitos e diarreia. Os estudos da Secretaria de Saúde apontam que, no interior, o período de maior incidência entre maio e setembro, é o estágio em que o carrapato se mostra mais eficiente na transmissão.
No Brasil, a doença é transmitida por carrapatos do gênero Amblyomma; no estado de São Paulo, Amblyomma sculptum, antigo A. cajennense, no interior e pelo A. aureolatum na região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Clinicamente, em ambos os cenários, a doença apresenta características semelhantes e os casos notificados apresentam perfil de elevada gravidade. Porém, sob a perspectiva da transmissão, a forma de transmissão se mostra distinta. No interior de São Paulo, a capivara serve como amplificador da riquétsia e o carrapato vetor costuma parasitar animais de grande porte, incluindo-se, além de capivaras, os equinos.
O homem se infecta ao ser picado, mais frequentemente, por estágios jovens de carrapatos que infestam áreas com vegetação, sobretudo em proximidades de ambientes hídricos.