A Vigilância Epidemiológica municipal está empenhada, junto com os demais setores da Secretaria de Saúde, em desenvolver um trabalho de esclarecimento e alerta em relação ao aparecimento de morcegos neste período do ano. Os morcegos são animais passíveis de adquirir e transmitir diversos tipos de doenças, daí a necessidade de alguns cuidados, destacando que entre elas uma das mais graves é a Raiva, viral e que pode ser fatal. A doença é transmitida pela saliva de um animal infectado, através da mordedura. Embora existam mais de 1,2 mil espécies, apenas 3 são hematófagas, sendo que se alimentam de sangue de mamíferos.
Segundo as informações da Secretaria Municipal de Saúde, com o registro de atendimentos, as reclamações sobre o aparecimento desses animais de hábitos noturnos nos últimos dois meses já começaram a aumentar e a preocupação maior é porque, com os fogos do final de ano, eles saem de seus habitats naturais e procuram abrigo nas casas. Recentemente, duas servidoras da Secretaria de Saúde que atuam nessa área, estiveram participando de uma capacitação que abordou o tema e trouxeram um conjunto de materiais elaborados pelas equipes do Instituto Pasteur.
A partir desse quadro e buscando prevenir eventuais acidentes, a Vigilância pretende com o material de visual de fácil compreensão, auxiliada pelos demais meios das redes sociais, compartilhar informações em todos os canais possíveis. O objetivo é informar bem a população de maneira a se manter atenta aos perigos e como proceder nos casos do aparecimento dos morcegos. Eles não devem ser eliminados, pois tem papel importante no meio ambiente, atuando na polinização de flores e dispersão de sementes de diversas plantas. Eles também controlam os insetos indesejáveis para o homem e tem a proteção de legislação federal, onde matá-los caracteriza crime ambiental.
Dentre algumas das recomendações as pessoas ao localizá-los, a partir de observação de ruídos, chiados e odores, devem realizar o desalojamento sem exterminar a colônia, providenciando a vedação do abrigo com esponjas, panos ou espuma. Procurar as entradas e saídas do abrigo, observar ao entardecer o número que saem e após a evasão deles, vedar provisoriamente a saída com os mesmos materiais (jornais, espumas). E no dia seguinte, antes do escurecer liberar a vedação para permitir a saída daqueles que não saíram na noite anterior. E por fim fazer a vedação em definitivo, com o cuidado de não fazê-lo em período de reprodução (primavera e verão), dado o risco de morte dos filhotes.
Cuidados
Outra orientação importante é nunca colocar a mão sobre o animal, pois para se defender ele pode morder. Em caso de mordida a primeira providência é lavar o local com água e sabão e procurar atendimento médico imediato. Essa mesma situação se aplica em caso de acidente com algum animal de estimação, que precisa ser vacinado para raiva. Para apanhá-los, recomenda-se jogar um pano em cima do morcego e colocar uma caixa ou balde de cabeça para baixo, acionando a Vigilância Ambiental para eu seja feita a captura segura.
Os contatos em Franca podem ser telefones: 3711-9415 ou 9408.