A Divisão de Agronegócios da Secretaria de Desenvolvimento da Prefeitura de Franca irá realizar, entre os dias 14 a 18 de agosto, a segunda edição do curso de Apicultura – a primeira aconteceu no mês de Março. Parceria entre a Prefeitura, Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e do Sindicato Rural de Franca, o curso de Apicultura foi ampliado neste governo para duas edições, atendendo assim o dobro de interessados em adquirir conhecimentos sobre importante área de geração de renda.
As responsabilidades entre as instituições parceiras são assim distribuídas: a Prefeitura fornece o local e infraestrutura (mesas, cadeiras, internet etc) e as 15 colônias de abelhas que são mantidas especialmente para o curso. O Senar fornece o instrutor (Leandro Faleiros de Ribeirão Preto) e as apostilas com o conteúdo teórico, e o Sindicato fornece a logística e compra de materiais necessários para a realização do treinamento, cujas aulas teóricas são ministradas no Parque Fernando Costa.
As inscrições já estão abertas, são gratuitas, e podem ser feitas pelos fones 3724 7080 – 3711 9483, ou diretamente na Divisão de Agronegócios da Secretaria de Desenvolvimento, localizada no Parque Fernando Costa. O prazo se encerra no dia 3 de agosto, mesmo dia em que acontece a Aula Inaugural de Sensibilização, às 15h, também no Parque Fernando Costa – nesta aula se explica como se dará e o que será abordado no curso, oportunidade para que os inscritos confirmem o interesse na capacitação.
De acordo com Célio Augusto Pereira Rodrigues, biólogo concursado da prefeitura de Franca, em virtude das aulas práticas, durante as quais os alunos mantem contato com as abelhas, as vagas foram limitadas a 16 pessoas por módulo, o que soma 32 alunos atendidos no ano.
Ainda segundo informações de Célio Augusto, as abelhas da prefeitura utilizadas no curso são as africanizadas, espécie oriunda do cruzamento das abelhas africanas - que chegaram ao Brasil no final da década de 1950 e são mais agressivas - com as abelhas europeias, que são mais amistosas e foram introduzidas no Brasil através dos jesuítas portugueses no período da colonização. Segundo o biólogo, a vantagem das abelhas africanas é que elas são mais produtivas e resistentes a doenças do que as europeias e o cruzamento entre elas resultou num meio termo vantajoso, envolvendo boas produção e resistência com menor agressividade. Embora menos agressivas, as abelhas africanizadas possuem ferrão e podem sim atacar, principalmente se provocadas. Dessa forma, vários cuidados e protocolos de segurança devem ser seguidos no manuseio das colônias, incluindo a instalação das colmeias em distância segura de casas, animais domésticos e áreas urbanas.
Apaixonado pelo que faz e pela vida social destas incríveis produtoras de mel, Célio lembra da importância das abelhas na polinização de pomares e melhoria na qualidade das frutas, destacando que culturas como maçã, pera, melão e abóbora não vingam se não houver a polinização realizada por elas.
Mais informações podem ser obtidas pelos fones 3724 7080 ou 3711 9483.