A EMEB “Professora Marilourdes Figueiredo Iara”, foi inaugurada no dia 2 de dezembro de 1993, após um novo Projeto de Lei aprovado para substituir o antigo nome da Escola de Educação Infantil do Jardim Panorama. O novo nome da escola homenageia a professora nascida na cidade de Patrocínio Paulista, no dia 10 de março de 1938, filha do Sr. Manuel Teodolino de Figueiredo e da Sra. Mariana Rosa de Figueiredo. Marilourdes foi casada com Miguel José Iara e teve dois filhos: Alexandre e Leandro. Formada pela Faculdade de Artes Plásticas-UNAERP, Ribeirão Preto/SP e pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras-Batatais/SP, Marilourdes lecionou em várias escolas do município de Franca, tais como: EE “Barão da Franca”, EE “Torquato Caleiro”, EE Jerônimo Barbosa Sandoval” e Escola Pequeno Polegar. De acordo com depoimentos de colegas de trabalho e ex alunos, a Professora Marilourdes sempre desempenhou com afinco e dignidade sua carreira no Magistério, mantendo sempre uma relação de profundo respeito e enorme interesse pela aprendizagem de seus alunos. Atualmente a EMEB “Professora Marilourdes Figueiredo Iara”, atende cerca de 200 crianças, matriculadas na Educação Infantil (Fase I e Fase II) e no 1º Ano do Ensino Fundamental, nos períodos da manhã e da tarde.
Marilourdes Figueiredo Iara, nasceu em 10 de março de 1938, no município de Patrocínio Paulista - SP, na fazenda São Manuel, divisa com São Tomás de Aquino - MG, região do Brejinho. Filha de Manuel Teodolino de Figueiredo e Mariana Rosa de Figueiredo, tiveram doze filhos, cinco homens e sete mulheres, sendo Marilourdes a caçula da família. Logo ela foi estudar em Ribeirão Preto - SP, formou-se em Educação Artística e lecionou nas escolas estaduais Jerônimo Barbosa Sandoval, David Carneiro Ewbank - CEDE, Torquato Caleiro, Pestalozzi, Unifran entre outras. Casou-se com Miguel José Iara com quem teve dois filhos: Alexandre Figueiredo Iara e Leandro Figueiredo Iara.
Quando conheceu Miguel, Marilourdes estudava em Ribeirão Preto e sua vontade era ser freira por causa da irmã, que era Carmelita. Miguel morava em Batatais - SP, ia sempre à Ribeirão Preto para “paquerar” as moças e, se encantou por Marilourdes, atormentou-a tanto que ela acabou cedendo à sua vontade. Seu pai não aceitava o casamento, talvez por ciúmes pelo fato dela ser a filha caçula. Casaram em 18 de dezembro de 1965. Miguel acabou não sendo o marido ideal, era impaciente, nervoso e Marilourdes sofreu bastante em seu matrimônio. Trabalhava em três escolas, saindo cedo de casa e voltando à noite, mesmo com a deficiência que tinha nas pernas, era determinada e honrada.
Foi co-fundadora da Renovação Carismática Católica, junto com a tia Lolita e Martinha Azzuz, e membro do Amor Exigente , conta Alexandre, que ela comentava com ele que se não tivesse se casado seguiria a vida religiosa, iria para o Carmelo, lugar que gostava muito.
De acordo com a sobrinha e afilhada Adriana Leite Figueiredo e Figueiredo, Marilourdes tem dois irmãos vivos. Seu pai, que está muito debilitado para andar e uma irmã que hoje está com Alzheimer, preserva um pouco da memória antiga. Diz que a fazenda em que Marilourdes nasceu pertence a ela hoje, é bem antiga, tem monjolo, oito quartos e é um lugar encantador. Revela, pela primeira vez, que quando Alexandre começou a trabalhar, a tia Marilourdes ligou para ela dizendo que ele tinha recebido seu primeiro salário, e ela queria que fosse almoçar com eles porque iria fazer um almoço especial, era com tudo o que o Alexandre tinha colocado na casa, lembra que tinha carne, nhoque e três tipos de sorvete. Ela estava orgulhosa por ter, com muita dificuldade, formado o filho, mas que naquele momento ele estava dando retorno.
A escola ganhou como Patronesse a Marilourdes Figueiredo Iara, na época em que o prefeito de Franca era Ari Pedro Balieiro e a vice -prefeita era Valéria Marson, que foi professora de História do Leandro, filho da Marilourdes. Eram vizinhas, no bairro São José e tinham muita amizade, quando Marilourdes faleceu, Valéria disse que gostaria muito de homenagear a amiga dando seu nome a uma escola do município. A família sente-se orgulhosa por ter o nome da mãe representando a escola e asseguramos que está muito bem representada.
Marilourdes faleceu com 54 anos, em 16 de agosto de 1992. Teve uma uma pneumonia e precisou ser internada, a seguir, pegou uma infecção hospitalar o que dificultou sua reabilitação.
Sou professora na rede Municipal de Franca há 18 anos, dos quais 15 anos dedicados ao trabalho para a Comunidade da EMEB Professora Marilourdes Figueiredo Iara. Uma comunidade acolhedora, que me recebeu e me tratou com muito carinho. Às vezes recebo, na escola, visitas de ex alunos, com saudades, o que me deixa muito feliz. Tem famílias que todos ou quase todos os filhos já foram meus alunos, e nutre pela professora muita confiança e carinho.
Todo esse tempo que estou aqui me deixa muito feliz, porque são vários amigos que conquistei e, também, várias conquistas com essas crianças que avançam em seus conhecimentos a cada dia.
Muito obrigada, por tudo que vivi e vivo aqui! Gratidão.