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EMEB Prof.ª Odette do Nascimento , EMEI PROFESSOR AGNELO MORATO JUNIOR E EMEI PROFESSOR WALTER COSTA

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A conexão entre alunos, servidores e professores tem estado presente ao  longo da história das unidades escolares da sede EMEB Professora Odette do Nascimento e suas unidades anexas, EMEI Professor Agnelo Morato Junior e EMEI  Professor Walter Costa. Essa rede possibilita uma conexão entre as pessoas e os  lugares, isto é, as unidades escolares, que, quando entendidas como nós,  representam mais que lugares de ensino e referência, mas também uma articulação  entre a comunidade escolar e os demais membros da sociedade.

Para elaborar estas memórias foi realizada uma pesquisa sobre a história dos profissionais da educação que atuaram nessas escolas e dos alunos delas egressos,  quando se pôde perceber o forte vínculo que une/interliga essas três unidades. Nesse sentido, alguns reencontros entre alunos, professores e servidores também  evidenciaram as importantes relações entre o passado e o presente, como este  relato busca mostra.

No ano de 1980, o aluno Márcio Cardoso, hoje tenente coronel da Polícia  Militar do estado de São Paulo, comandante da Região de Franca, cursou a  educação infantil na EMEI Professor Walter Costa. Sua tia e madrinha de batismo, Mariana Cardoso Pradela, ingressou na EMEB Professora Odette do Nascimento como a primeira escriturária da unidade escolar em 2007, e atualmente atua na  EMEI Professor Walter Costa. A ilustração a seguir retrata a visita de Márcio Cardoso à unidade escolar.

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Entre 1986 e 1987, a então aluna Priscila de Oliveira Canto Costa, hoje docente na EMEB Professora Odette do Nascimento, cursou a educação infantil na EMEI Professor Agnelo Morato Junior, unidade onde a sua tia Jaci de Oliveira foi merendeira até o ano de 1995. As ilustrações a seguir (Painel fotográfico 1) retratam  a visita de Jaci de Oliveira para uma participação em atividade desenvolvida para o 1º ano F, turma em que leciona sua sobrinha Priscila.

0002 originalImagem da esquerda: Participação de Jaci de Oliveira em atividade na turma do 1º ano F. Imagem da Direita: Priscila Costa e Jaci Oliveira

Em 1990, Paulo César Aímola Filho concluiu a pré-escola na EMEI Professor  Agnelo Morato Junior, na turma da professora Maria Aparecida do Nascimento. Em  2023, nessa mesma escola, sua mãe Rute Maria da Silva Aímola atua como  inspetora de alunos. A relação da Rute com essas unidades escolares iniciou em 2013, quando ingressou, como funcionária da Prefeitura Municipal de Franca, na  EMEB Professora Odette do Nascimento. No Painel fotográfico 2 são apresentados registros da visita de Paulo César à EMEI Professor Agnelo Morato Junior e de um  encontro entre a professora Maria Aparecida do Nascimento e a equipe da escola; e  abaixo é exibida uma imagem do diploma do Paulo César, que inclui uma imagem da sua turma e então professora Maria Aparecida do Nascimento.

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Maria Aparecida Nascimento ( professora aposentada), Maria Aparecida Ronca (merendeira),
Rute Aímola (inspetora), Rosana Zago (professora) e Rosimeire Silva (professora) - 2023

Na mesma década, em 1992, a aluna Clarissa de Andrade Fernandes, hoje  professora na EMEB Professora Odette do Nascimento, concluiu a pré-escola na  EMEI Professor Walter Costa, em uma das turmas da professora Maria Aparecida de  Oliveira Andrade, que atualmente é docente em rede, com sede na EMEB  Professora Odette do Nascimento. As duas professoras se encontram  semanalmente nas Reuniões de Estudos Pedagógicos. O painel fotográfico 3 mostra  alguns momentos da história de Clarissa nessas unidades escolares: 

Ainda em 1992, outra história de encontro entre familiares e funcionários das  unidades escolares tem como protagonistas Guilherme Pereira Ronca, estudante na escola, então denominada, Parque dos Pinhais, e a professora Rosana A. S.  Amazonas Zago. Posteriormente, em 1995, seu irmão João Paulo ingressou na  EMEB Professora Odette do Nascimento. A mãe de Guilherme e João Paulo Pereira  Ronca é merendeira na rede municipal desde 1996, quando iniciou seu trabalho  nessa escola sede, passando pelas anexas; desde 2010 está lotada na EMEI  Professor Agnelo Morato Junior, trabalhando diariamente com a professora Rosana  Zago.

A história da professora Rosana Zago com a educação municipal começou  muito antes dela, pois sua mãe Florinda Zago (in memoriam) atuou como merendeira na EMEI Professor Agnelo Morato Junior de 1993 a 1995, transferindo se, posteriormente, para a EMEI Professor Walter Costa, onde se aposentou em  1999. Além disso, Kemily Amazonas Zago Cândido, filha da professora Rosana, foi  sua aluna, em 1995, da EMEB Professora Odette do Nascimento e, atualmente, também é professora da Rede Municipal de Franca, e já aguarda a chegada de mais  um membro da família, que já recebeu o nome de João Guilherme.

Em 1993, Andressa Veríssimo concluiu a pré-escola na EMEI Professor  Walter Costa, onde sua mãe Alice Faciroli Acosta atua como merendeira desde 2016,  tendo iniciado na Prefeitura Municipal de Franca em 2001

Essa conexão entre passado e presente está presente nas três unidades de  ensino, como esses (re)encontros familiares e profissionais evidenciam. Essas relações são construídas entre a equipe das três unidades escolares e seus próprios familiares, mas também com os familiares da equipe. Os registros fotográficos e as  narrativas apresentadas nesta seção são exemplos inegáveis do diálogo que a escola mantém com a sociedade, um encontro produtivo e profícuo que forma  cidadãos e, mais, incute em muitos alunos egressos o desejo de retornar àquelas salas de aula, agora, como professores. Enfim, nesse ambiente, se constrói uma corrente de afetos, uma rede de saber, de partilha e de retorno.

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A Escola Municipal de Educação Básica Professora Odette do Nascimento iniciou suas atividades como Escola Municipal de Educação Infantil do Parque dos  Pinhais, conforme Parecer CEE nº 515/90, com publicação no Diário Oficial do  Estado em 19 de junho de 1990. Por meio do Projeto de Lei nº 85/1994, de autoria do vereador Luiz Gonzaga José, seu nome mudou para Escola Municipal de  Educação Infantil Professora Odette do Nascimento.

A inauguração oficial da Escola Municipal de Educação Infantil Professora  Odette do Nascimento ocorreu no dia 24 de outubro de 1994 e contou com a  presença das seguintes autoridades: prefeito Ary Balieiro, vice-prefeita Luiza Marson  Guidi e vereadores Ulisses Minicucci e Luiz Gonzaga José (autor do Projeto de Lei  nº 85/1994). Também estiveram presentes diretores, professores e familiares da  professora Odette, como seu filho José Roberto do Nascimento Lemos,  acompanhado da esposa Fernanda Bordingnon do Nascimento Lemos e do filho  Fernando. A alteração de Escola Municipal de Educação Infantil para Escola  Municipal de Educação Básica foi autorizada em 15 de julho de 2011, por meio de  Portaria estabelecida pela Diretoria Regional de Ensino, com base no Decreto nº  7.510/1976, alterado pelo Decreto nº 39.902/1995. Atualmente, a escola oferece  quatro turmas no período matutino e três no período vespertino – de 1º ano do  ensino fundamental.

Uma presença merece destaque, a da professora Eliana Lopes Silva, que  atua nessa escola desde sua fundação. Ela esteve presente nessa cerimônia, e,  conforme Fotografia 2, pode ser vista no canto superior direito, vestindo uma blusa preta. Sua atuação nessa unidade de ensino ocorreu no período de 1995 a 1998, com retorno em 2009 à anexa EMEI Professor Walter Costa, por dois anos,  retornando e permanecendo na sede até os dias atuais. Ela se recorda do dia em que foi comunicada de que deveria utilizar o prédio da unidade, ainda em construção: “No ano em que escolhi ministrar aulas na Escola Odette do Nascimento era o ano  de sua inauguração. Lembro-me que até então era Escola do Parque dos Pinhais,  que funcionava no Centro Social, e era para lá que deveria levar todo meu material, mas um telefonema da antiga Secretaria de Educação, localizada no Champagnat,  me avisou que, mesmo sem terminar as obras, era para o novo prédio que eu  deveria me encaminhar. Assim começou minha jornada nessa escola. Entre aulas,  obra em andamento e ensaios para o grande dia” (Entrevista, 2023).

Também presente na inauguração da EMEB Professora Odette do Nascimento, Aparecida Helena, atualmente, atua como professora de educação física na Rede Municipal de Franca. Ela foi designada para preparar a apresentação dos alunos para a inauguração oficial da escola: “Na época, a música ‘Bateu saudade’ era a mais tocada e ensaiei essa coreografia, que tinha como refrão ‘tum  tum tum bateu’; as crianças batiam a palma como um soco e repetia muito na música, até que todos os presentes começaram a fazer também a coreografia”.

A professora Eliana Lopes demonstra gratidão por sua trajetória na EMEB Professora Odette do Nascimento: “Hoje, relatando um pouco de minha história, pensei em muitas coisas que vivi aqui. Olho todos os dias para esse jardim maravilhoso ao meu lado, penso como sou agraciada por ter essa visão de meu vitro e, na minha frente, de meus alunos, para os quais tento deixar um pouco do que  aprendi em minha jornada, em que todos os profissionais ou alunos também deixaram um pouquinho deles em mim. Amo essa escola, dou a ela o que tenho de melhor em mim e sei que recebo o melhor dela”.

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Rita Verzola
Estou aqui para falar um pouquinho da experiência que eu tive em estar  diretora na Escola Odette do Nascimento, no ano de 2008, 2009, 2010. A Escola era  sede de uma Região Norte, onde a gente tinha mais quatro outras unidades  escolares sob a nossa responsabilidade. Eram as Escolas Professor Agnelo Morato  Junior, Escola Walter Costa, Escola Sabino Loureiro, Escola Nicanor Xavier e a  Odette Nascimento. Foram três anos apenas, mas que a gente pôde construir  grandes amizades, um grande trabalho, bonito. Trabalhamos com profissionais muito  competentes, dedicados, que realmente ‘vestiam a camisa’ da educação. Foram  anos muito felizes; a gente traz no coração boas lembranças. Deixo aqui o meu abraço a todos os funcionários dessa querida escola, e digo a eles o quanto foi bom  trabalhar esses três anos junto com eles. Parabéns a toda a equipe; é uma honra  poder gravar esse vídeo falando da alegria que eu tive em trabalhar nessa escola  como diretora que fui durante esses três anos. Foi muito bom! Muito obrigada!”.

 

Andrea Cristina Serafim – diretora escolar de 2011 a 2016
Desejo expressar a cada uma de vocês o meu reconhecimento pela acolhida,  companheirismo e calor humano que recebi durante minha gestão como diretora, de  2011 a 2016. Saudades da EMEB Profa. Odette do Nascimento e anexas, dos  amigos, alunos, famílias, funcionários, professores. São muitas lembranças do que

juntos realizamos: o jardim da escola, o parque infantil, o chá dos avós, a  integração/parceria entre família e escola, sonhos realizados, dentre outras. Na  memória permanece eternamente essa época maravilhosa, com muitos desafios e  aprendizados; foram anos de trabalho árduo, de muita dedicação, que sempre me  trouxeram grande satisfação – escolas diferenciadas.

O tempo vai passando e muitas coisas vão se modificando em nossas vidas, e a única coisa que permanece são as lembranças; a saudade fica sempre em  mente.

Trabalhamos em conjunto, sempre buscando ações significativas para a comunidade  escolar. Meu sentimento é de gratidão, respeito e reconhecimento. Sempre trago  comigo as lembranças das escolas e de cada um de vocês. Agradeço a Deus pelos  anos do trabalho desenvolvido, pelas amizades conquistadas e pelo dever cumprido.  Que Deus nos abençoe e proteja sempre! Meu mais cordial abraço a todos.

 

Janaína Aparecida de Andrade Paranhos – diretora escolar de 2017 a março de  2022
Estive na direção da EMEB Odette do Nascimento de 2017 a março de 2022.  O convite para estar na direção da EMEB e suas anexas foi muito especial,  pois, além de morar no bairro, estudei na anexa EMEI Walter Costa, o que me trouxe  boas e eternas recordações da minha infância. Fui bem recebida por toda equipe de  profissionais da unidade, que sempre me auxiliou e se dedicou em suas funções  para o bom andamento da escola, sempre pensando no bem-estar e  desenvolvimento dos alunos. Posso dizer que a direção da escola Odette foi minha  melhor experiência profissional. Foram muitos desafios, que geraram muitos  aprendizados e levaram ao meu crescimento pessoal, e a ter um olhar diferenciado para a educação infantil e o reconhecimento e valorização de todos os profissionais  responsáveis pelo desenvolvimento da educação e aprendizagem”.

 

Raquel Elisa Silveira Rodrigues – professora de 1998 a 2015
Trabalhei na escola Odette de 1998 até 2015. Só tenho lembranças boas, a  convivência com professores e funcionários, os passeios que sempre fazíamos com  os alunos no teatro, cinema e Bosque, em Ribeirão Preto. Sinto muita saudade dos  amigos que fiz nessa escola”.

 

Mensagem dos familiares da professora Odette do Nascimento
A professora Odette era muito responsável, determinada e amava profissão,  juntamente com as escolas onde trabalhou, e seus alunos. Durante um terço da  profissão, atuou na área da direção. Dizia que além dos ensinamentos escolares  queria plantar uma semente do bem para suas vidas. Era querida pelos seus pares  de profissão e foi muito respeitada na comunidade escolar. Estudou no colégio de  Nossa Senhora de Lourdes, em Franca, onde fez a habilitação ao Magistério. Fez  também graduações nas áreas de Administração, Pedagogia e Ciências Biológicas.  Lecionou no início de sua carreira nas cidades de Rifaina, Pedreguho, Jeriquara e  Cristais Paulista, e após esse período atuou nas Escolas Barão da Franca e Mário  Délia, onde se aposentou, em 1984. 

Era uma pessoa alegre, mãe dedicada e muito determinada. Gostava de  assistir a filmes, dançar e viajar. Conversar com seus entes era considerado um tempo precioso. Única filha de Theophilo do Nascimento e Maria de Lourdes, tinha  quatro irmãos (Luis, Waldemar, Nelson e Irineu), casou-se com José Maria e teve dois filhos (José Roberto e Paulo Fernando), além de dois netos, Fernando e Felipe. A homenagem sublime de colocar o nome dela na escola deixou a sua família profundamente feliz, agradecida e honrada. Ver que a escola ao longo dos anos é atuante e significativa para a comunidade francana nos enche de orgulho.

Agradecemos essa oportunidade de promover essa interação.
Ass.: Família de Odette do Nascimento”. 

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Odette do Nascimento, natural de São Tomás de Aquino, Minas Gerais,  nasceu em 2 de dezembro de 1934. Filha de Theófilo do Nascimento e Maria de  Lourdes do Nascimento, seus primeiros passos escolares foram iniciados em sua  cidade natal. Ainda jovem, mudou-se com a família para a cidade de Franca, onde  concluiu seus estudos. Inicialmente, Odette foi professora primária.

Do casamento com José Maria Lemos foram gerados dois filhos. Odette  cursou Pedagogia, especializando-se em Administração Escolar. Por seus méritos,  foi promovida à assistente de direção, na EPSG Mário D´Elia, Franca, São Paulo.  Nessa escola, permaneceu trabalhando até sua aposentadoria. Faleceu em 15 de  maio de 1994.

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Agnelo Morato Junior nasceu em Franca, no dia 4 de fevereiro de 1949, e  faleceu em 23 de julho de 1972, no município de Santo Antônio da Alegria. Filho de  Agnelo Morato e Erlinda Calixto Morato, manifestou-se com acentuada precocidade  na música e em seus estudos. Estudou na Fundação Educandário Pestalozzi e na  Escola Estadual Torquato Caleiro. Em 1968, iniciou o curso de Filosofia e escolheu  como sua especialidade de ensino o curso superior em Letras, formando-se em  dezembro de 1971. Lecionou Língua Portuguesa no Colégio Agrícola “Carmelino  Corrêa Júnior” e no Educandário Pestalozzi. Lecionou Inglês no Colégio da Baixada,  em São Joaquim da Barra. Tocava, com boa técnica, saxofone alto, órgão e violão.  Integrou-se, com muita dedicação, ao conjunto vocal “Grupão”, detentor de muitos  sucessos dentro e fora do município.

A Escola Municipal de Educação Infantil Professor Agnelo Morato Junior  começou a funcionar conforme Parecer CEE nº 1085/1979, publicado no Diário  Oficial do Estado de 18 de agosto de 1979, e pelo Decreto nº 4.179/1979, de 22 de  novembro de 1979. Foi inaugurada em 1988. Situada no Jardim Guanabara, a  escola atende à Educação Infantil (Fases I e II), em duas salas.

A professora Maria Aparecida do Nascimento começou sua trajetória na  educação municipal em Franca, em 1988, até 2016, com passagem pela EMEI  Professor Agnelo Morato Junior, no momento de sua inauguração, pela EMEI  Professor Walter Costa e EMEB Professora Odette do Nascimento. O encerramento  de sua carreira docente foi na EMEI Professor Walter Costa, onde atuou de modo  ininterrupto, de 2009 a 2016. A professora Maria Aparecida do Nascimento visitou a  escola para um feliz reencontro, e a aluna egressa Lesley esteve na escola para  abraçá-la e apresentar sua filha Lívia, que atualmente é aluna da escola da turma  Fase I A, da professora Rosana (Fotografia 7). 

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Professora Maria Aparecida do Nascimento
Eu, Maria Aparecida do Nascimento (Cidinha), professora na rede municipal  de Franca desde 18 de fevereiro de 1988 até 04 de abril de 2016, trabalhei nas  seguintes EMEIS: Prof. Agnelo Morato Junior, Profa. Odette do Nascimento, Creche  Caic, Profa. Ana Rosa de Lima Barbosa (EMEB) e EMEI Prof. Walter Costa (2009  até 2016). Por ser próximo da minha casa e ter um círculo de amizade com os  colegas de trabalho, finalizei meu trabalho com a aposentadoria, por minha opção.  Eu falava que quando eu aposentasse iria parar de trabalhar e cuidar dos meus pais.

Trabalhei no EJA (hoje AJA) na EMEI Prof. Walter Costa, de 2000 a 2004, no  horário noturno. É um local onde tenho um círculo de amizade que não esqueço  nunca, não se vê todos os dias, mas está dentro do meu coração. Eu acho que é  uma amizade sincera que posso guardar para sempre, não só nessa EMEI como em  outras também. A única coisa que eu sinto é que no meu último dia de trabalho na  rede e na EMEI a Mariana pediu para eu ir substituí-la em outra EMEI. Mas faz parte  da minha profissão. Só tenho que agradecer por esse meu trabalho; muito  gratificante. Abraços a todos”.

Atualmente, a EMEI Professor Agnelo Morato Junior, atende a duas turmas no  período da manhã, Fase I A e Fase II A, e a uma turma no período da tarde, Fase II B. 

 

Mensagem do Erlindo Morato, irmão do professor Agnelo Morato Junior
A família do Agnelinho Morato Jr., que era meu irmão mais próximo – eu  tinha mais dois irmãos, um dos quais é vivo ainda (Carlos Ibaê Morato, que reside  em São Paulo, e o outro, Alcir Orion Morato, já em outro plano; esses outros dois  eram mais velhos, e a diferença de idade entre Agnelinho e eu era de sete anos).  Embora um pouco distante, a diferença entre os outros dois era de 14 e 16 anos. Eu  fui “temporão”, o caçula dos quatro irmãos, todos homens. Era o Agnelo Júnior, pois  havia o meu pai, Agnelo Morato, que lhe deu o seu nome, talvez por acreditar que ele seguiria seus passos nas letras, e em outros segmentos das artes, e levaria seu  nome adiante – como o fez; como, aliás, todos nós, irmãos, que seguimos esses  pendores. Meu pai sempre esteve envolvido; paralelamente à doutrina espírita, seu  maior ofício e idea, a outras atividades laicas, mas nem por isso menos importantes.  Quais sejam: música, as letras, jornalismo, e também a sua profissão de dentista.  Também gostava das artes como um todo: desenho, pintura etc. E sempre me  incentivou nisso. Minha mãe, Erlinda Calixto Morato, filha de libanês e portuguesa,  sempre foi “do lar”, embora fosse muito sensível como pessoa, e de fino trato. 

Portanto, Agnelinho Jr., como todos nós, foi criado em um ambiente propício,  humanista e voltado às artes. Ele se formou em Letras pela antiga Faculdade de  Filosofia, Ciências e Letras de Franca, em Português e Inglês. Lecionava na Escola  Pestalozzi e no Colégio Agrícola, de Franca, e em um Colégio de São Joaquim da  Barra, cujo nome ignoro. Também fazia um curso vago de Pedagogia em São José  do Rio Pardo. Quando do seu passamento, em um acidente de carro, no ano de  1972, quando voltava para Franca, após participar, juntamente com outros colegas  de música, inclusive eu, ele estava indo a esse curso. 

Eu fui seu aluno de Português no primeiro colegial, em 1971, na Escola  Pestalozzi, e foi ele quem praticamente me iniciou na música, de um modo mais  participativo, no conhecido grupo vocal francano “Grupão”. Agnelinho gostava de  lecionar, inclusive com bastante empatia com seus alunos, sempre, e também  escrevia regularmente para jornais de Franca, da época, particularmente, noções de  Português. Como todo músico, também ouvia muita música, e tocava alguns  instrumentos, como flauta doce, marimba, e se aventurava em um instrumento que  havia em casa, na época, um harmônio – teclado que, para sair o som, possui uns  pedais para acioná-lo. Eu me sinto honrado com essa homenagem ao Agnelinho, a  despeito de ser meu irmão, era um cara iluminado, talentoso e um ser humano  bondoso, também. Só tenho a agradecer vocês”.

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A Escola Municipal de Educação Infantil Professor Walter Costa foi inaugurada em 31 de outubro de 1979, pelo Decreto nº 4.179, de 22 de novembro de 1979. Em 29 de maio de 1981, o Departamento de Educação e Cultura do município realizou a cerimônia oficial de homenagem com a colocação do retrato do patrono e a leitura de sua biografia, com a presença de familiares, professores, alunos e autoridades municipais. Atualmente, a escola funciona com duas salas no período da manhã e duas salas no período da tarde, de educação infantil, Fase I e Fase II. A escola está preparada para receber alunos com deficiência física, possui vagas para estacionamento, rampas e banheiro de acessibilidade.

Seguem algumas imagens/memórias:

A aluna egressa Marcela Araújo foi aluna da professora Maria Aparecida de  Oliveira Andrade, na década de 1990, e atualmente sua filha Alice é aluna da  professora Rosimeire Cristina da Silva. 

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Depoimento do aluno egresso Márcio Cardoso
Tenho uma emoção muito grande de voltar aqui; voltei já algumas vezes só  para curtir, ver a escola, porque o jardim de infância é inesquecível. Na nossa época  a gente falava "prézinho". Nós começamos o ano numa igreja aqui do lado; aqui, ainda estava fazendo, e quando terminou, nós fizemos a mudança de escola da  igreja para cá. Até me recordo muito bem que todo mundo foi trazendo as cartolinas  na mão, o asfalto não existia ainda, era de terra, e nós entramos na escola em 1980,  a primeira turma, logo em seguida o prefeito veio inaugurar a escola, trouxe a banda  da Guarda Mirim (antigamente tinha uma Banda Marcial), e nós fizemos aqui a inauguração. Vieram as autoridades da época, os pais compareceram, éramos uma classe apenas. Tinha uma merendeira, tinha a professora, tinha a diretora da escola, e tinha uma agente de limpeza e uma moça que trabalhava como cuidadora também  da gente. 

Eu adorava a alimentação! Para nós, o recreio era mágico. Aqui, onde tem a  quadra que é cimentada, antigamente era de areia, e era muito comum a gente ficar  brincando na areia; a gente fazia muitas brincadeiras, e vendo aqui a gente fica  emocionado de estar recordando a época mais boa da nossa vida, que é a infância.  Na infância tudo é novo, tudo é muito bonito, e tudo é muito grande! Estou me  recordando, era tão grande, eu vendo agora na fase adulta não é tão grande. Mas  naquela época era gigante; as professoras eram gigantes. Uma coisa que eu ficava  muito chateado na época, porque na época tudo tinha fila: tinha fila para entrar, tinha  fila para entrar na escola, fila para entrar na sala, fila para a merenda. E como é que  era a organização da fila? O menor ia na frente e o maior ia atrás. Eu era o maior,  sempre era o último! [Risos] E eu ficava triste com isso! Mas foi uma época boa, teve  uma festa junina, nós dançamos a quadrilha aqui, eu fui o padre do casamento,  depois nós tivemos a quadrilha, e minha mãe esteve aqui presente, ela tirou foto, e  as fotos eu disponibilizei para a escola ter uma memória histórica. É importante ter  uma memória histórica porque se nós não observarmos o passado não podemos ver  o futuro da forma correta. Tudo passa muito rápido, e a gente tem que valorizar cada  momento nessa vida. E eu estou muito feliz de estar aqui, eu espero voltar daqui a muitos anos.

E uma coisa interessante: hoje nessa escola trabalha a pessoa que me  batizou, minha tia e madrinha Mariana. É um gosto vir aqui. Todo dia converso com  ela, peço bênção para ela, para poder dar um bom dia para ela, para ela ter um dia  tranquilo. Eu faço isso para minha mãe também. É importante a gente dar valor aos  mais velhos, porque os mais velhos são pessoas mais vividas, mais sábias, que nos  aconselham a ter uma vida mais tranquila, melhor, para a gente não ‘bater cabeça’ tanto. Então, crianças, se vocês estiverem escutando isso, amem o papai, amem a  mamãe, os tios, aquelas pessoas que cuidam de vocês; respeitem e deem muito  carinho para os professores, para os funcionários, para a diretora, para a merendeira, porque vocês não vão se esquecer deles. Para o resto da vida, vocês vão se  lembrar deles. Um beijo para todo mundo!”. 

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Professor Walter Costa
Walter Costa, filho de Manoel Thomaz da Costa e de Honorina Marconi Costa, nasceu em 31 de maio de 1913. Iniciou seus estudos no Grupo Escolar Cel.  Francisco Martins, fez o secundário no Colégio Champagnat, transferindo-se depois para a Escola Profissional Júlio Cardoso, onde formou-se em desenho técnico, em 1933. No ano seguinte, ingressou no magistério, lecionando neste mesmo estabelecimento, onde permaneceu até 1938, quando foi transferido para a Escola Industrial, em Sorocaba. Costa exerceu essa função até falecer, em 6 de agosto de 1977. Jogou pela equipe de basquetebol Francana. Foi jornalista e colaborador do jornal Comércio da Franca.

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